Pausa.

Domingo vim parar no blog e li meus últimos textos. Ler o de fechamento de 2019 que na verdade publiquei quase no fim de janeiro, me deu um aperto no peito, porque ali ninguém tinha ideia do que estava por vir.

As últimas semanas vem sendo um desafio enorme. Pelo menos uma vez por dia (tá mais pra umas 10x por dia, mas blz) eu me pergunto onde estamos errando. Marvin tá sofrendo com o distanciamento. Quer ver nossos amigos, quer ir na casa das pessoas. E todo dia a gente explica, a gente acolhe, a gente brinca, brinca e brinca sem parar. E tem dias que dá certo, o dia é gostoso, mas tem muitos outros que temos um menininho que fala “eu to muito chateado”, ou que chora sem razão, que dorme mal.

Pra complementar, obviamente ele tá sentindo que falta pouco para o irmão chegar. Ah é né, tem a gravidez no meio disso tudo. Isso quer dizer que 95% do tempo ele só me quer. E vale lembrar, ele sempre ficou com o pai em casa, os dois tem uma relação linda. Mas, a mamãe é a mamãe. E na maioria dos dias eu não tenho tempo pra respirar sozinha por 5 minutos. Ontem ele falou para o Léo enquanto eu fazia minha consulta prenatal por telefone que tava com medo da mamãe morrer. Como você explica pra uma criança de 2 anos e 6 meses tudo isso? Que apesar de tudo estar diferente, dele ver a mãe e o pai frágeis, a gente tá aqui com ele, e que não vai acontecer nada de ruim? Como?

Tem quem ache difícil o primeiro ano do bebê. Aquela fase que um bebê precisa de você pra tudo 100% das vezes. De noites mal dormidas, de choros sem explicação, de cólicas. Nossa, eu enfrentaria 10x a maternidade do primeiro ano se essa fase de agora ficasse mais fácil. Sim, é incrível ver que ele mesmo tão pequeno saiba expressar os medos, os anseios, até mesmo a felicidade dele, mas é difícil explicar que ele não vai me perder, e que apesar de tudo mudar, continuaremos juntos.

Estamos em quarentena desde o dia 13 de março. Em casa. Não tem visitinha de ninguém, simplesmente porque não pode mesmo. Quando teve oportunidade de alguém vir do Brasil pra nos ajudar, ninguém podia, mesmo eu pedindo e tentando explicar como tava aqui pra gente. Mas, ninguém veio. Estamos só eu e Léo pra encarar os desafios que já começaram. Que sorte a nossa ter aqui amigos que são muitas vezes nossa família, e com eles a gente já tá contando pra nos trazer comida, pra cuidar do Marvin quando for a hora do Nolan nascer, pra nos cuidar quando a quarentena acabar.

Hoje o dia até que está bom. Marvin não ficou chorando a manhã toda, e quis ir ver os gansos no parque. To em casa trabalhando, e parei pra vir tentar escrever tudo que as vezes eu não consigo falar. Deixar aqui um pouco de tudo que to sentindo e vivendo num momento que era pra ser de totalmente diferente. Mas né? A gente não tem controle de nada. Não importa os planos que eu tinha, o que importa hoje é que estamos saudáveis, que estamos num país onde temos suporte do governo, e que eu e Léo estamos juntos pra enfrentar tudo isso ai, achando um tempinho pra se abraçar  no meio do caos, chorando pra ver se o medo alivia, e um apoiando o outro como dá.

Mas, a verdade é que a maioria dos dias eu to cansada além do normal. Eu choro, eu me desespero, eu me pergunto como vou dar conta, e eu tenho medo. Eu sinto falta de ter amigos perto pra dividir um pouco tudo isso, pra deixar Marvin brincar um pouco com eles, e eu poder falar bobagens e rir da vida.

E todo dia eu falo com esse bebezinho que cresce dentro de mim o quanto ele é amado e esperado, mesmo no meio do caos, do incerto. Fui agora ver o que significa o nome que escolhemos inclusive. E Nolan significa “campeão”. Meu menininho que me fez rir quando vi o positivo, e que me fez ver a gravidez completamente diferente da primeira vez. E que vai ter na história dele que ele nasceu no ano do Covid-19, e que deu tudo certo. Tenho certeza que vai dar tudo certo.

Pronto. Não tem começo, nem meio e nem fim pra esse texto hoje. Não tem nem sentido uma coisa com outra. Mas, eu sei que vou gostar de ter parado 10 minutos e colocado aqui tudo que tem acontecido, porque afinal de contas, nunca na vida imaginei passar por nada parecido com o momento que estamos vivendo.

Hora de reunião. Até mais.

Amor de mãe

Marvin ontem foi dormir às 20:30. Até que foi tranquilo. Acredite, tem dias que fazer ele dormir é tipo uma hora de aula de Crossfit sem tempo pra respirar. Marvin aparentemente nasceu sem o chip de gostar de dormir. Tipo a mãe.

Eu aproveitei que tava com a cabeça cheia de coisas pra pesquisar, sentei na sala, abri o computador e umas 10 abas do navegador comecei a ler tudo que eu queria. Óbvio que quando você tá fazendo algo que quer, o tempo corre, e aí quando vi já era quase uma da manhã.

Escovei os dentes, fui deitar. E aí aconteceu. Marvin mexeu, virou pra um lado, virou para o outro, e aí eu já sabia, ele tava acordando. Deitei rápido, e coloquei ele pra mamar. Vai que deu tempo né? Talvez ele ainda não tenha realmente acordado, esperança é a última que morre.

Mas, já era tarde. Ele tava acordado. Fiquei ali na cama tentando fazer ele voltar a dormir por duas horas. Sim, duas horas no meio da madrugada, mudando ele de lado, cantando baixinho, fazendo chiado, rezando até pra Deus. Quase desistindo eu fui tentar o último recurso, levantar e dançar com ele. Tentei, dancei, girei, cantei. Tava lá, aquele mini humano acordado e eu já sabia que não tinha feitiço que o faria voltar a dormir.

Olhei o relógio, 3:08 da manhã. Respirei fundo. Queria deitar no chão e chorar, chorar até aquilo tudo acabar e minha vida voltar ao normal. Lembrei que aquilo era o normal. Marido tava dormindo. A casa toda, os vizinhos, até os gatos, todos dormindo. Menos eu, menos o Marvin.

Eu ando me perguntando inúmeras vezes onde eu fui me meter. A vida tava lá, toda linda, eu com tempo sobrando pra sair pra jantar, ver minhas series, viajar, sair pra qualquer lugar sem ter que carregar uma casa e mesmo assim estar esquecendo algo, podia dormir em qualquer posição, tinha tempo pra curtir o marido, os amigos, e até eu mesma. Daí aparentemente eu achei que era ok ter um bebê, e que eu daria conta.

Fomos pra sala, Marvin tava todo feliz, brincou com o gato, com os brinquedos, queria fazer farra. Eu lá, com vontade de sair correndo, conversei e expliquei que não dava, era de madrugada, tem vizinhos, tem pessoas dormindo, e aparentemente Deus faz milagre e ele entendeu, brincou quieto.

Depois de uns 40 minutos na festa, eu vi ele cansando, peguei no colo, cantei, dancei, um mamazinho, e mágica, ele dormiu. Voltamos para o quarto, e aí eu juro que gostaria de escrever que deu tudo certo, e eu dormi pelo menos 5 horas seguidas e que passou. Mas não. Ele continuou mamando até a hora que eu decidi levantar, as 9 da manhã. Óbvio que eu não dormi e to muito cansada.

Eu juro que até raiva eu senti. Marvin acordou feliz, como todos os outros dias. Ficou me chamando, fez gracinha, deu risada, e eu ignorei, porque apesar de ser culpa dele eu estar extremamente cansada, eu não queria descontar naquele mini humano sorridente toda minha frustração de vida.

Fui tomar banho, olhei a temperatura, -34, achei melhor secar o cabelo. Marvin nunca tinha visto o secador e ficou lá rindo pra eu mostrar, eu continuei ignorando. Me troquei, e fui pegar meu ônibus, nem tchau eu dei.

Respirei aquele ar que congelou meu nariz. Pensei, pensei e pensei sobre tudo.

E aí lembrando da madrugada, eu ri, porque o Marvin subiu sozinho no sofá novo pra abraçar o gato.

Caiu a ficha. Esse é o amor de mãe né. Esse amor, que mesmo eu cheia de raiva por não ter dormido, por estar cansada ao ponto de dormir no ônibus, me faz amar aquele menininho sorridente, e pensar que perdi meu tempo não mostrando pra ele o que era o secador de cabelo.

Não tem problema, já já eu volto, dou um abraço apertado, digo o quanto eu o amo, e mostro pra ele o secador, e o umbigo, que esqueci de contar que ele ficou me mostrando que descobriu que ele também tem um.

Sério, ser mãe é o maior desafio que já tive na vida.

Let it go. Let it be.

Talvez eu tenha demorado demais pra entender e aceitar muitas coisas na vida, e isso que vou escrever certamente é uma delas.

Precisamos deixar as pessoas irem embora da nossa vida, e isso não significa que tenha algo de errado. Simplesmente significa que hoje, nossos caminhos são diferentes, e que a vida é assim mesmo.

Eu normalmente fico chateada, fico tentando entender o que eu fiz errado, fico repensando, fico triste. Triste porque é um buraquinho que se abre de uma saudade que não é gostosa, não é recíproca.

Dai na aula da última sexta, minha professora de Stress Management falou algo que fez todo sentido: por que a gente tem mania de querer estar com quem não quer a gente, sendo que temos em nossa volta pessoas querendo? Então, vamos parar de gastar nossa energia se preocupando com o porque uma pessoa não gosta da gente, ou nos quer longe, e passar nosso tempo com quem gosta da gente e nos quer perto? Vamos!

So, LET IT GO. LET IT BE.

Quase abril!

O ano terminou ontem e de repente amanhã já é abril sabe?

Hoje eu to naqueles dias que acordar foi tipo tortura. Cansada é meu segundo nome já, e confesso que estudar 10 matérias de uma vez está sendo até agora o maior desafio do mundo.

Ai no meio de provas e mil e um projetos pra finalizar, eu resolvi começar a fazer Yoga. Por que? Porque eu quero fazer alguma coisa com meu corpo. E não tem nada a ver com meu peso, já falei mil vezes que sou bem feliz com o corpo que eu tenho, mesmo que ele esteja acima do “peso ideal” que o povo fala. Pra mim peso ideal é o que eu me sinto feliz e bem.

Mas, é por uma questão de saúde mesmo, de querer ter mais disposição, de cuidar de mim. Aprender a respirar melhor, ter mais flexibilidade e tudo mais. E pra quem passou quase 30 anos procrastinando isso, chegou a hora de mudar né? Escolhi o Yoga porque acho que existe um bom equilíbrio de corpo e mente, e sei que isso vai me fazer bem. Me sinto velha falando tudo isso, mas não acho isso ruim, vai entender né?

E sobre o tempo passar rápido, na verdade não foi tão rápido assim. Mas por aqui foi vivido um dia após o outro, bem devagar. Tenho impressão que nos últimos 5 meses passei por tanta coisa, cada uma com sua dificuldade particular a superar, e definitivamente aprendi um milhão de coisas. E acho que é isso que eu vim escrever.

Eu comecei a fazer terapia há um pouco mais de dois anos atrás, e acho que até aqui já falei algumas vezes do quanto me ajudou em várias questões da minha vida. Porém, justo no meio do furacão que passou por aqui, minha psicóloga estava de licença, aliás, ainda está.

Confesso que sozinha foi muito mais difícil me achar no meio de tudo, respirar, definir o que eu quero, tentar me erguer, me abrir, não me frustrar, não desistir, e viver um dia de cada vez. Porque realmente nada como um dia após o outro para que as coisas comecem a melhorar, mas isso só é verdade se VOCÊ quer que melhore.

Eu passei muitos dias me perguntando porquê eu estava passando por tudo ao mesmo tempo, chorando, tentando achar solução imediata, e a verdade é que não existe uma. Existe entender, conversar, conversar, conversar, pedir ajuda pra quem você ama e confia, e aprender. Aprender com erros, com acertos, com as dores, com o amor, com a perda, com VOCÊ. A pergunta que eu mais me fiz nesse tempo, como EU estou me sentindo? E ninguém te conhece melhor do que você mesmo. Então, não tenha medo de querer entender o seu lugar, o seu sentimento, a sua escolha.

Agora eu acredito que o furacão tenha ido embora. Dias mais bonitos e ensolarados chegaram, e eu consegui voltar a ter minha segurança em tudo. Segurança de ser eu e de me manter assim.

E eu sei que daqui a pouco chega julho, e dezembro, e o ano novo. Nesse meio tempo eu vou tentando continuar a dar um passo de cada vez, não esquecer de respirar e nem me perder no meio de qualquer coisa que aconteça.

O inferno astras ás vezes ajuda ta vendo? Mil anos depois voltei aqui e com um post enorme! Que abril seja incrível! Vem primavera, to te esperando ❤

😉

92.

Em 2 dias algumas coisas bizarras aconteceram em relação a ‘padrão de beleza’. E eu decidi finalmente escrever algo mais sério a respeito.

Antes de tudo, que fique muito claro que não julgo pessoas que estejam acima do peso (ou não) e estão tentando emagrecer. Acho saudável, e sou a favor sim de mudanças desde que o motivo seja o bem estar da pessoa, e não apenas para atingir um padrão de beleza, que na minha cabeça é tão absurdo que nem existe.

Eu hoje tenho 92kg. Isso mesmo, 92. Uau né? Que enorme de gorda essa guria. Será?

Ouvi ontem no corredor da escola: ninguém com mais de 70kg pode ser feliz. E pior, não é a primeira vez que ouvi isso na minha vida.

Engraçado que tem um limite de peso pra ser feliz. E se eu hoje falar que sou 20kg mais feliz que você? Ou 20kg mais bonita? 20kg mais realizada? Te ofendo? É só mudar a medida que tudo muda. Ser 20kg mais magra que alguém não diz absolutamente nada sobre você.

Eu sou tão bem resolvida com meu corpo. Sou tão feliz com ele. Me lembro de muitas pessoas que passaram pela minha vida que me falavam que se eu emagrecesse ia ficar linda, e eu sempre pensava, nossa, mas me acho tão linda já!

A verdade é que parei de sofrer muitos anos atrás quando insistia em comprar uma calça 42 e nunca entrava.  Quando você se aceita como você é, se acha linda por isso, e não pelo que a sociedade diz o que tem que ser, você não tem mais medo de comprar a calça 46. E eu me aceitei assim. Eu me amo assim, desse jeitinho que eu sou, e não é de hoje. Sou assim tem muito tempo.

Me preocupa milhões de pessoas, principalmente as mulheres, que ouvem isso e imagino o que acontece com a auto estima delas. Eu nem sei o que escrever na verdade, mas vou tentar.

Se desprendam disso. Seja feliz como você é. O padrão de beleza que a sociedade impõe não existe. Mesmo que você fique magra (o que é completamente relativo pra cada corpo) só isso não traz felicidade a ninguém.

O que estou tentando dizer é, você precisa se amar. Gorda, magra, alta, baixa, com espinha no rosto, com namorado, solteira, casada. Você é a pessoa mais importante da sua vida. E quando você entender isso, tudo vai ser mais fácil, mais leve.

Não tenha medo do que as pessoas vão te dizer, porque muitas delas o fazem porque estão tão perdidas que é mais fácil falar do outro.

Se eu fosse me ofender com pessoas próximas a mim que falam que estão gordas (todas com no máximo 65kg) eu teria que parar de falar com muita gente que eu gosto. Pra mim todas elas são tão lindas.

É muito fácil viver isso tudo fora do Brasil. Aqui as pessoas se vestem como querem independente do corpo que elas tem. Vejo uma liberdade muito maior aqui. Quando ouço problemas com peso sendo discutidos, são sempre de estrangeiros. Talvez esse até tenha sido um dos motivos que eu me adaptei fácil por aqui.

E o mais engraçado de tudo isso, é que sei que vão ter pessoas que vão ler até aqui e ainda tão pensando: nossa, ela pesa 92kg, que horror.

Seja livre de rótulos pessoal.

Boa semana.

Contra o Bullying

Eu voltei  a estudar este ano mesmo me sentindo a tiazinha da sala no meio dos adolescentes e me deparei com algo que jurava que não ia encontrar: o bullying.

Ele existe provavelmente desde que o mundo é mundo. Na minha época esse nome nem existia, e muito menos existia algo pra combater. O resultado é que ele ainda entra em pauta nas minhas sessões de terapia.

Mas, voltando aos dias atuais, o bullie da vez é, pasmem, minha professora de literatura inglesa. Eu reclamei dela desde o primeiro dia de aula para o marido, e com o passar das aulas, a situação ia piorando. Na segunda-feira dessa semana resolvi perguntar aos outros alunos o que eles achavam, porque de repente, o problema poderia ser só eu né (mais velha da sala vendo uma professora abusando do seu poder, sei lá), mas não, todos alunos que eu conversei tinham a mesma sensação, que ela era bullie, e pior, era preconceituosa.

Na próxima aula, que foi quarta-feira, sai de lá decidida a reclamar no próximo dia na ‘diretoria’ do meu curso, mas não deu tempo. A surpresa veio logo no dia seguinte pela manhã: uma pesquisa enviada para todos os alunos da sala, sobre nossa opinião sobre vários fatores sobre o método de ensino que ela utilizava, e com direito a fazer comentários pessoais no fim, e o mais importante: anonimamente.

Hoje, 1 dia após responder a pesquisa e relatar tudo que eu tinha visto em sala, recebemos um email nos informando que ela não trabalha mais na escola, e passando o nome do novo professor.

Confesso que fiquei extremamente satisfeita com a rapidez e a forma como foi resolvido. Eles realmente ouvem os alunos, e tomam medidas reais para que o bullying não aconteça.

Pra mim foi um enorme alívio, como se tivessem tirado um peso enorme da minha vida, afinal esse era o único curso que me deixava desanimada de toda minha grade, e o motivo era a professora.

Agora é correr atrás do prejuízo, mas estou feliz demais por ter ajudado efetivamente a combater o bullying.

Espero que as escolas no Brasil um dia possam seguir esse exemplo, sei que faria toda diferença na vida de muitos alunos, bom, teria feito na minha pelo menos.

Com 29 anos e aliviada como se eu tivesse meus 12 de novo.

hoje nem todas as palavras que estão no meu coração e na minha cabeça fazem sentido, nem tudo o que quero e preciso dizer quer ser dito.
resta então a música, que me faz eu tantas vezes que estou assim.
e sozinha no fundo escuto com o fone de ouvido, com o som no último volume, escuto o que me faz tão bem, e ao mesmo tempo te faz tão mal.

dizendo aqui e acolá o que não digo a ninguém, construo minha vida, e o passo é um de cada vez.
são escolhar minhas, essas de coração, de cabeça, de emoção.
e pra tudo isso há o nada, o sim e o não.
o resultado? só quando eu decidir pra onde ir.
por enquanto eu aposto todas as fichas em uma coisa só: nós.
nós que somos um, nós que somos 4.
e o vento junto ao tempo, sabem sempre levar pra longe o que não mais precisa estar perto.
o que resta é essência, é olhar, é isso aqui.
desses dias assim, quietos, onde palavras perdem-se pois já não são mais necessárias.

12:12 31/03/2009

Eu canso de muitas vezes pedir desculpas e não me sentir errada.
Você erra também.
E me vejo magoada e sozinha hoje.
Talvez, seja uma fase de tudo novo na sua vida, essa vida, que não sei mais se me inclue.
Eu me vejo e me pergunto se ainda consigo ficar e continuar assim.
A resposta que eu ouço, é a que me dá medo, angústia, e lágrimas surgem nos olhos.
Mas, eu cheguei até aqui, e sei, que consigo continuar.
O amor não acabou, a saudade não acaba, mas talvez tenha sim chegado ao fim o nós.
Eu aqui escrevo o que sinto e não posso te falar, porque simplesmente você não me ouve mais.

vida ao modo meu.

eu falo sobre a vida, da forma como eu a vejo, sinto e vivo.
sonhei com o não eu. eu não era eu, você não existia, os medos eram frequentes.
o novo se aproxima de forma corrente e rápida. decisões que mudarão nossas vidas para sempre indiferente de qual for o resultado.
falar de amor já não mais preciso, eu preciso falar de vida, pois essa, se resume ao todo, em amor.
de nada adianta eu querer gritar com as pessoas que não querem ouvir mesmo se falo baixo.
a consequência existe em todos os atos que decidimos.
volto ao início onde sei que a base é sim a família. a que eu construo todos os dias aqui na minha casa.
aos poucos eu aprendo a ser paciente, e fazer a minha parte.
eu te alertei quando achei necessário.
eu te abracei quando precisou.
eu me diverti ao meu modo ao lado de quem gosto.
eu falei sinceras palavras que as vezes realmente dói quando achei que precisava escutar.
eu estou do seu lado quando precisar.
não espero que tudo volte já. nem fiz esperando.
eu fiz porque o universo assim funciona.
faça o bem, que ele retornará.
dias assim passam rápido.
mas, sei que logo melhores virão, e hoje ainda é o começo, e sei que faremos tudo o que é necessário.
essa vida eu que vivo.
vida que eu tenho orgulho de cada passo, cada erro, cada acerto, cada choro, sorriso.
vida que eu nunca conseguirei aqui falar, posso apenas viver, e aqueles que querem torcer, ao nosso lado estarão.