Hoje foi dia de dizer uma até logo pra esses dois, meus pais que tanto amo, e agora também os avós do Marvin.
Parece bobo falar, mas é muito verdade que quando temos filhos a gente tenta melhorar ainda mais. Eu já vinha tentando me entender melhor como pessoa faz tempo, mas desde que o Marvin tava crescendo em mim, eu tento ainda mais entender meus medos, ansiedades e falhas, pra que eu possa ser uma pessoa melhor, e consequentemente uma mãe melhor também. Óbvio, não quero ser uma pessoa perfeita, isso nem existe.
Bom, eu to dizendo tudo isso, porque eu sou uma pessoa extremamente fechada. Eu não sou de abraçar, de beijar, de ficar falando eu te amo. E esse sempre foi um medo enorme com meu filho, de eu não ser carinhosa. E sei que meus pais sentem falta disso, como não sentir, né? E aí eu tava com uma angústia enorme essa semana por saber que eles estavam voltando pro Brasil e eu não tinha dito pra eles tudo que eu queria e nem demonstrado de alguma forma.
Eu finalmente consegui ontem dizer pra eles tudo que eu queria. Dizer pra eles o quanto tê-los aqui comigo desde outubro foi essencial, o quanto eu os amo, o quanto sou grata por tudo, tudo que eles fazem por mim e pela minha família, e principalmente, o quanto vou sentir falta deles aqui.
Foram 3 meses que a gente pode se dedicar totalmente ao Marvin, e todo dia tinha comida fresca, roupa e casa limpa, água fresca pra mim enquanto eu amamentava, um lanchinho da tarde sempre pronto, quantas vezes não dormimos durante a noite, e de dia a gente conseguia descansar porque esses dois ficavam com o Marvin. Enfim, era muito amor em todos esses pequenos detalhes.
Mãe e pai, só quero que saibam que eu sou grata por ter vocês como meus pais, e que eu os amo muito, muito mesmo. Obrigada por estarem aqui, por terem me apoiado e ajudado tanto no parto e também nesses 3 meses, e por nos dar tanto amor.
Essa é a parte da imigração que as vezes chega a doer, ficar longe de quem se ama.