Vida, amor, eu.

Como vir aqui e dizer tudo isso do coração?
Dizer que hoje eu vendo o nada, vi que nada somos. Nada podemos.
Com a cabeça confusa, o coração desesperado eu hoje chorei. Chorei por tudo que não posso mudar, que devo aceitar, e encarar dessa forma a vida que ás vezes me angustia tanto.
A verdade é que somos o que escolhemos. E nada nos faz mudar, a não ser nós mesmos.
É a sensação de decepção que tanto dói, a de saber que não tem volta, a de pensar que talvez nem tudo seja pra sempre.
É praticamente ir atrás da infelicidade. É saber que aquilo só vai te magoar, e que volte todos aqueles sentimentos tão difíceis. Mas, e o amor?
Como podemos não pensar no amor. Será que aquilo que tanto ouço seja realmente verdade? Não. Amor existe sim.
Como sempre a dúvida em momentos assim. Dúvida da vida, não do amor.
E nessas horas que eu sei, que aprendi aos poucos, mas aprendi. Aprendi a respeitar, a ouvir, a falar, a amar, a entender.
Não julgo mais, nem discuto. Apenas procuro um canto onde eu possa encontrar a paz, os sentimentos, os pensamentos positivos.
A calmaria encontro aqui, em palavras poucas, bobas, sozinhas. Encontro na música recém descoberta, na bagunça dos cães. Tudo isso me torna quem sou, porque tudo foi eu quem escolhi.

Marcela Silva
24/12/2009 00:00

Nada faz sentido quando assim me encontro.
Olho para os lados, vejo todos, não vejo ninguém.
Eu choro sozinha então. Me vejo num escuro, onde só enxergo o que não quero.
Não sei se optamos por sentir, se podemos simplesmente sair desse sentimento.
Eu volto, vejo tudo novamente, onde parei? Porque deixei chegar aqui?
Não lembro qual foi a escolha, o tempo, o cheiro. Lembro vagamente de músicas.
Ouço agora o grito mudo da esperança dentro desse coração que bate forte e pesado.
O que eu faço? Eu corro, eu grito, eu choro. E no fim, eu acabo no único lugar onde eu me vejo verdadeiramente, no colo do amor.

“eu não escrevo aquilo que quero, eu escrevo aquilo que sou”

dizendo pouco posso enfim dizer muito.
verdades, mentiras. tudo.
Era uma tarde de sol, de amor. Como na vida, mudou, escureceu, e algo aconteceu para que os que ali estivessem vissem que nada é exatamente como queremos.
A opção era correr, fugir de algo tanto assustador. Prefiri ali ficar.
Olhei pra cima, enfrentei o medo que passou em todo meu corpo naquele momento.
Agradeci. Só podia ter feito isso. Eu vi além de muitos. Eu vi mudança, verdade, como um aviso me machuquei para perceber que aquela mudança não era simples e nem passaria fácil. Mas era a melhor forma de me fazer entender o porque eu quis tanto ir até lá. Lembrei de mim, de tempos bons, onde aprendi o que era amizade. Eu só pude respirar bem fundo, não segurar o grito e nem as lágrimas, e entendi. 
A vida é feita de mudanças e escolhas. Tudo o que vai, volta, e essa pra mim é a lei do universo.
Todo um pensamento, uma vida, uma música, um suspiro, esperança, felicidade. Sentimentos que se transmitiram em um ato que vimos muitos dias, mas ás vezes, precisamos de algo que nos causa medo para entender.
Foi a melhor chuva que já vi.

Marcela Silva
18/01/2008 21:53

Há.

Tempos importantes e imponentes. Impotentes tantas vezes.
De nada adianta ficar no passado, viver só no futuro. Mão atadas no presente.
A vida é composta de momentos, pensamentos. Fazemos cada um da forma que bem entendemos.
Tudo nessa vida tem uma lado positivo e um negativo. O negativo está sempre na nossa frente, estampado e em letras garrafais para nem pensarmos no outro. É o caminho mais fácil, e o que nos leva na maior parte do tempo a perder alegrias, pessoas, amor.
Perder amor. Quantas vezes não nos prendemos no passado, e ficamos com um pensamento que talvez as coisas melhorem, que talvez ele te dê valor, que talvez ele largue tudo, que talvez ele pare de mentir, que talvez vocês fiquem juntos. Talvez. E enquanto esse talvez não vai, do nosso lado passa alguém, permace, vai embora. Nem notamos tal presença, nem vimos o amor, o tempo.
Há quem espere outro decidir por ele,  há quem decide sem pensar nas consequencias, há quem simplesmente não decide. E ai, vive ali, largado no passado, sem notar as belezas de agora, os futuros cheiros que logo estão por vir.
Há quem espere 3 anos para falar a verdade, chorar a verdade. Há quem nunca o faz.
Há quem mesmo com medo escreva, mesmo com medo agradece.
Esse tempo que muitas vezes é o remédio, é a dor. Tantas vezes é o único amigo que temos, a única esperança que resta, mas vemos apenas como um inimigo por não simplesmente ser agora a solução.
São palavras soltas que escrevo na esperança de o tempo mostrar a verdade. São sonhos secretos para que o tempo os tornem reais. São sorrisos sinceros, lágrimas, abraços.
Aprendi a esperar sendo impaciente, aprendi a ir em frente quando eu quis ficar, aprendi que minha história quem dita sou eu, mesmo querendo que os outros a fizessem para que eu pudesse ficar em um lugar onde os problemas não chegassem, pois ali era seguro, mesmo não sendo real.
E assim eu choro quando preciso, admito erros, celebro conquistas, e amo.
Porque no fim de tudo, você percebe que apenas o amor podia te trazer até aqui.

Marcela Silva
19:42 14/01/2009

À extremidade de mim estou eu.

Como gosto musical, não agrado a todos, não sou muitas vezes legal, não é toda hora que estou feliz, mas também não sempre triste. Ás vezes agitada, ás vezes calma, ás vezes empolgante ou não. Sou boas lembranças, sou rock and roll. Sou de fechar os olhos e imaginar algum lugar além do arco-íris, sou de sentir no fundo do meu coração que meu destino era você. Fui de tocar em frente e aprender que cada um carrega o dom de ser capaz e feliz. Fui de acreditar na lenda, e de saber que existe o imortal. Ouvi cramberries na virada do ano com lágrimas no rosto, ouvi na mente nossa casa pré fabricada em muitos beijos. Sou do celular da Naná e de saber como é lindo o Toca Ogan tocar. Foi numa história de fogo que me derreti mais ainda pelo amor, e foi numa tv a cabo que me lembrava das suas risadas. Descobri o primeiro amor, e o raio de sol na praia. Senti Vivaldi diferente, e Beethoven ouvindo surdo dentro do meu coração. Tive momento Beatles em Curi, e momento funk em Salvador. Até cantei o que chamaram de minha música. Com o azul, eu vi algo que era só nos sonhos. Cantei alto no carro como se fosse a festa, e na santa chuva também cheguei a chorar. No caminho das águas eu queria meu pai, e na despedida parei de pensar realmente. Quantas histórias, quantas lágrimas e sorrisos sozinhos. Apenas de ouvir, era uma dor que ás vezes voltava, e uma alegria que eu aprendi a ter. E sei que virão muitas outras em diferentes fases, em diferentes sentimentos. E espero que essas, junto com isso que tá aqui dentro, continue resultando em palavras, minhas, suas, nossas. Em siglas, em dizer e não dizer. Em sentir, em não gostar, em adorar. Em qualquer idioma, mesmo errado, em qualquer pensamento. Palavras soltas, palavras juntas, palavras que resumem tudo, e muitas que nada signifiquem.
Minha história até aqui não foi vazia. O que eu carrego, é o que me faz eu. É o que me trouxe, e que no final, como sempre, se resume a uma única coisa, o amor.