2018

Teve crise dos 4 meses do bebê. Introdução alimentar. Primeiro pronto socorro, segundo também. Teve família perto. Teve mergulho no mar por um mês inteiro (tem como voltar?), comida deliciosa, vale dias (vale night não funcionou aqui), o primeiro ano do pequeno, e a festa feita a muitas mãos e que foi nossa cara. Teve bebê aprendendo a engatinhar, e opa, agora ele já tá correndo, socorro. Teve bebê falador e carinhoso. Teve saudade do Canadá, e ele também sentiu falta da gente, porque inclusive nos aceitou como residentes permanentes.

Teve muito empoderemento feminino, encontros lindos, amor e amor e amor por todos os lados. Teve muito aprendizado de vida, desses profundos que faz marca na nossa história.

Ainda em processo, tem eu tentando me entender como mãe. Tentando me lembrar que minha vida mudou, e que o sono excessivo, a falta de tempo livre, a solidão, e os desesperos, uma hora acabam. Respirando fundo pra me lembrar de aproveitar os dias, de rir junto, de viver o agora, de ter paciência infinita e de saber pedir ajuda. Eu me perdi e me achei mil vezes esse ano. Ainda não sei quem sou. Mas to tentando me achar no meio do caos e do amor.

It takes a village to raise a child. É preciso uma aldeia pra criar uma criança. E isso nos fez decidir voltar ao Bonjour e ao merci, voltar para o inverno de -20 com gelo na calçada. Mas olha, a cidade é maior, tem metrô, e tem família também, família de sangue e família que a gente escolheu, o combo perfeito.

Teve medos e erros. Teve muita cumplicidade e união pra saber superar os dois, ainda bem.

Meu maior aprendizado desse ano é que a vida é mesmo rara. Talvez ao segurar um bebê que saiu de mim pela primeira vez, me deu a certeza que no fundo a gente já tem mas nem sempre lembra, a certeza que todos nós nascemos, e um dia, todos vamos morrer. Então que tal ser feliz nesse meio? Vamos realizar sonhos, tentar melhorar como pessoa, ter mais empatia, ter mais amor, tentar entender que o universo não gira em torno do nosso umbigo. Vamos entender que as pessoas são diferentes, e que tudo bem. Que tem dias bons e outros ruins, e que isso faz parte de viver. Passa rápido, sério.

Em 2019 eu quero me cercar do que me faz bem. Quero realizar sonhos, mesmo que eu esteja morrendo de medo, vou com medo mesmo. Quero ser menos egoísta, ser mais companheira, ser uma pessoa melhor pra assim poder ser uma mãe melhor também. Quero leveza, dias quentes, video game e amigos em volta. Mais que tudo, eu quero continuar vendo meu menino crescer de perto.

Pode vir, ano novo, eu to pronta.

 ❤️

(E eu ja subir um milhão de fotos desse ano, mas vai uma só por ser o resumo do que fica)